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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Septuaginta - 1 Macabeus - Capítulo 10

1 No ano cento e sessenta, Alexandre, filho de Antíoco, de sobrenome Epifânio, subiu e tomou Ptolemaida; pois o povo o havia recebido, e por esse motivo ele reinou ali. 
2 Ora, quando o rei Demétrio ouviu isso, reuniu um grande exército e saiu para lutar contra ele.
3 Além disso, Demétrio enviou cartas a Jônatas com palavras amigáveis, de modo que o engrandeceu. 
4 Pois disse: Vamos fazer as pazes com ele, antes que se una a Alexandre contra nós: 
5 Não sendo assim, lembrar-se-á de todos os males que fizemos contra ele, e contra seus irmãos e seu povo. 
6 Portanto, deu-lhe autoridade para reunir um exército e providenciar armas, a fim de que  pudesse ajudá-lo na batalha. Também ordenou que os reféns, os quais estavam na torre, lhe fossem entregues.
7 Então, veio Jônatas a Jerusalém, e leu as cartas aos ouvidos de todo o povo e dos que estavam na torre,
8 os quais ficaram muito amedrontados, quando ouviram que o rei lhe dera autoridade para reunir um exército. 
9 Logo os da torre entregaram seus reféns a Jônatas, e ele os entregou a seus pais.
10 Feito isso, Jônatas estabeleceu-se em Jerusalém, começando a construir e reparar a cidade. 
11 Ele ordenou aos trabalhadores que construíssem os muros ao redor do monte Sião com pedras quadradas para fortificação; e eles o fizeram.
12 Depois disso, os estrangeiros, os quais estavam nas fortalezas que Báquides havia construído, fugiram, 
13 de modo que cada um abandonou o seu posto, indo para a sua terra. 
14 Somente em Betesur alguns daqueles que abandonaram a lei e os mandamentos permaneceram, porquanto era o seu lugar de refúgio.
15 Ora, quando o rei Alexandre ouviu das promessas que Demétrio tinha feito a Jônatas, e quando também lhe foram contadas das batalhas e atos nobres que ele e seus irmãos haviam praticado, e as dores que haviam suportado,
16 disse ele: Acharemos outro homem assim? agora, portanto, faremos dele nosso amigo e aliado.
17 Por esse motivo, ele escreveu uma carta e enviou-lhe, de acordo com estas palavras, dizendo: 
18 O rei Alexandre a seu irmão Jônatas envia saudações: 
19 Ouvimos falar de ti, que és um homem de grande poder e adequado para que sejas nosso amigo. 
20 Portanto, agora, neste dia, nós te ordenamos para ser o sumo sacerdote de tua nação e a fim de ser chamado amigo do rei (e com isso ele lhe enviou um manto púrpura e uma coroa de ouro) confiando que estarás do nosso lado e manterás nossa amizade. 
21 Assim, no sétimo mês do ano cento e sessenta, na festa dos tabernáculos, Jônatas vestiu o manto sagrado, reuniu soldados e providenciou muitas armas.
22 Quando Demétrio soube disso, ficou muito arrependido e disse: 
23 O que fizemos nós, que Alexandre nos passou para trás, fazendo amizade com os judeus com o fim de se fortalecer? 
24 Também lhes escreverei palavras de encorajamento, e prometer-lhes-ei dignidades e dádivas, a fim de que possa ter sua ajuda. 
25 Enviou-lhes, portanto, o seguinte: O rei Demétrio ao povo dos judeus envia saudações.
26 Considerando que vocês guardaram alianças conosco e continuaram em nossa amizade, não se unindo a nossos inimigos, nós ouvimos disso e ficamos alegres. 
27 Portanto, agora, continuem a ser fiéis a nós e bem vos recompensaremos pelas coisas que fizerem em nosso favor, 
28 pois lhes daremos muitas imunidades, e recompensá-los-emos.
29 Agora eu te libero, e por amor de ti libero todos os judeus, de tributos e dos costumes do sal e dos impostos da coroa; 
30 e também daquilo que me pertence receber, a terça parte das semente e a metade do fruto das árvores, eu te libero de hoje em diante, para que não sejam tomados da terra da Judéia nem dos três governos que se somam a ela fora do país de Samaria e Galiléia, deste dia em diante, para sempre.
31 Seja também Jerusalém santa e livre, junto com os seus limites, tanto de dízimos como de tributos. 
32 Quanto à torre que está em Jerusalém, abro mão dela e a dou ao sumo sacerdote a fim de que estabeleça nela os homens que escolher para guardá-la.
33 Além disso, libertei cada um dos judeus, os quais foram levados cativos da terra da Judéia para qualquer parte do meu reino, e ordeno que todos os meus oficiais desonerem os tributos até mesmo de seu gado. 
34 É minha vontade, igualmente, que todas as festas e sábados, e luas novas, e dias solenes, e os três dias antes e após a festa, sejam de anistia e liberdade para todos os judeus em meu reino. 
35 Nenhum homem, além disso, terá autoridade para se intrometer ou molestar qualquer um deles em qualquer assunto.
36 Também quero que sejam alistados entre as forças do rei cerca de trinta mil homens dos judeus, aos quais o pagamento será dado, como é de praxe a todas as forças do rei.
37 Alguns deles serão colocados nas fortalezas do rei, dos quais também alguns serão estabelecidos sobre os negócios do reino, que são de confiança; e também quero que seus superintendentes e governadores sejam deles mesmos, e que vivam segundo suas próprias leis, assim como o rei ordenou na terra da Judéia.
38 E quanto aos três governos que são acrescentados à Judéia do país de Samaria, que sejam unidos com a Judéia com o fim de serem considerados como subordinados a um só governo, não obrigados a obedecer a qualquer outra autoridade que não seja a do sumo sacerdote.
39 Quanto a Ptolemaida e a terra pertencente a ela, dou-a como um presente gratuito ao santuário em Jerusalém, para as despesas necessárias do santuário. 
40 Além disso, dou anualmente quinze mil siclos de prata das contas do rei, dos lugares correspondentes. 
41 E todo o excesso, que os oficiais não pagaram como antigamente, doravante será doado para as obras do templo.
42 Além disso, os cinco mil siclos de prata que eles tiraram dos usos do templo, das contas de todo ano, mesmo essas coisas serão liberadas, porque pertencem aos sacerdotes que ministram. 
43 E todos os que fugirem para o templo em Jerusalém, ou estiverem dentro da sua área, estando em dívida com o rei, ou por qualquer outro assunto, que estejam em liberdade com tudo o que tiverem em meu reino. 
44 Também para a construção e reparação das obras do santuário as despesas serão lançadas nas contas do rei.
45 Sim, e para a construção dos muros de Jerusalém e a sua fortificação ao redor as despesas serão lançadas das contas do rei, como também para a construção dos muros na Judéia.
46 Ora, quando Jônatas e o povo ouviram estas palavras não lhes deram crédito nem as receberam, porquanto se lembraram do grande mal que ele fizera em Israel; pois os havia afligido muito. 
47 Todavia, com Alexandre eles estavam bem satisfeitos, uma vez que foi o primeiro a implorar pela verdadeira paz com eles, que sempre estiveram confederados com ele.
48 Depois disso, reuniu grandes forças o rei Alexandre. acampando-se contra Demétrio. 
49 Mas assim que os dois reis travaram batalha, o exército de Demétrio fugiu; todavia. Alexandre o perseguiu e prevaleceu contra eles. 
50 E ele levou adiante a batalha, muito dura, até que o sol se pôs; e naquele dia Demétrio foi morto.
51 Depois disso, Alexandre enviou embaixadores a Ptolomeu, rei do Egito, com uma mensagem dizendo: 
52 Visto que voltei ao meu reino, estando assentado no trono de meus progenitores; e obtive o domínio, e derrubei Demétrio, tendo recuperado nosso país; 
53 pois depois que eu entrei em batalha com ele, tanto ele quanto seu exército foram derrotados por nós, de modo que nos sentamos no trono de seu reino; 
54 neste dia, portanto, façamos uma aliança de amizade, e dá-me agora tua filha para esposa. Eu serei teu genro, e darei presentes a ti e a ela segundo a tua dignidade.
55 Então Ptolomeu, o rei, respondeu, dizendo: Feliz seja o dia em que retornaste à terra de teus pais e te sentaste no trono de seu reino. 
56 E, agora, farei contigo conforme escreveste: encontra-te comigo em Ptolemaida, para que possamos nos ver; pois casarei minha filha contigo, de acordo com o teu desejo.
57 Então Ptolomeu saiu do Egito com sua filha Cleópatra, e eles chegaram a Ptolemaida no ano cento e sessenta e dois, 
58 onde o rei Alexandre o encontrou. E deu a ele sua filha Cleópatra, celebrando seu casamento em Ptolemaida com grande glória, como é costume dos reis.
59 Ora, o rei Alexandre havia escrito a Jônatas a fim de que viesse encontrá-lo. 
60 Ele foi, então, com honroso aparato, para Ptolemaida, onde encontrou os dois reis; e deu a eles e a seus amigos prata e ouro, e muitos presentes, achando graça aos olhos deles.
61 Naquele tempo, alguns homens pestilentos de Israel, homens de vida perversa, se reuniram contra ele, para acusá-lo; porém o rei não os ouviu. 
62 Sim, mais do que isso, o rei ordenou que tirassem suas vestes e o vestissem de púrpura: e eles o fizeram. 
63 E fê-lo sentar-se à parte, dizendo aos seus príncipes: Ide com ele ao meio da cidade, e fazei proclamação a fim de que ninguém se queixe contra ele a respeito de qualquer assunto, e que ninguém o perturbe por qualquer tipo de causa. .
64 Ora, quando seus acusadores viram que ele era honrado de acordo com a proclamação, estando vestido de púrpura, todos fugiram. 
65 Então o rei o honrou e o inscreveu entre seus principais amigos, fazendo dele um general e participante de seu domínio. 
66 Depois disso, Jônatas voltou a Jerusalém, com paz e alegria.
67 Ainda, no ano cento e sessenta e cinco veio Demétrio, filho de Demétrio, de Creta para a terra de seus pais. 
68 Quando o rei Alexandre ouviu falar disso, ele ficou consternado e voltou para Antioquia.
69 Então Demétrio fez de Apolônio, o governador de Celessíria, seu general, o qual reuniu um grande exército, acampando-se em Jâmnia. E enviou mensageiros a Jônatas, o sumo sacerdote, dizendo: 
70 Somente tu te levantas contra nós, e eu sou ridicularizado e repreendido por tua causa; e por que vanglorias-te de teu poder contra nós, escondido nas montanhas?
70 Tu sozinho te levantas contra nós, e eu sou ridicularizado por tua causa, e insultado: e por que te vanglorias de teu poder contra nós nas montanhas?
71 Agora, portanto, se confias em tua própria força, desce a nós na planície, e lá vamos  medir forças: porque comigo está o poder das cidades. 
72 Pergunta, e aprenderás quem sou eu, e o restante que está de nosso lado; eles te dirão que não serás capaz de resistir diante de nossa face; pois teus pais foram duas vezes postos em fuga em sua própria terra. 
73 Portanto, agora, não poderás enfrentar os cavaleiros e tão grande exército na planície, onde não há pedra nem pederneira, nem lugar para onde fugir.
74 Logo, quando Jônatas ouviu estas palavras de Apolônio, ele ficou agitado em sua mente, e escolhendo dez mil homens saiu de Jerusalém onde Simão, seu irmão, o encontrou para ajudá-lo. 
75 E ele armou suas tendas contra Jope: todavia, os de Jope o expulsaram da cidade, porquanto Apolônio tinha uma guarnição lá.
76 Mas Jônatas a cercou, e então os da cidade o deixaram entrar, amedrontados; e assim Jônatas conquistou Jope. 
77 Apolônio, tendo ouvido acerca disso, tomou três mil cavaleiros, com uma grande hoste de infantaria, e foi para Azoto como se pretendesse atravessar a região, e com isso o atraiu para a planície, porquanto ele tinha um grande número de cavaleiros, nos quais confiava.
78 Então Jônatas o seguiu até Azoto, onde os exércitos travaram batalha. 
79 E Apolônio havia deixado mil cavaleiros em emboscada. 
80 Mas Jônatas sabia que havia uma emboscada atrás dele; pois haviam cercado seu exército e lançado dardos contra o povo, desde a manhã até a tarde.
81 O povo, entretanto, resistiu, como Jônatas lhes havia ordenado, e os cavalos dos inimigos se cansaram. 
82 Então trouxe Simão seu exército, e colocou-os contra a infantaria, (pois os cavaleiros estavam exaustos) que foi derrotada por ele, fugindo. 
83 Os cavaleiros também, sendo dispersos no campo, fugiram para Azoto, e foram para Bete-Dagom, o templo de seu ídolo, buscando segurança.
84 Porém Jônatas incendiou Azoto e as cidades ao redor, tomando seus despojos; e o templo de Dagom, com aqueles que fugiram para ele, queimou com fogo. 
85 Desse modo, foram queimados e mortos à espada quase oito mil homens. 
86 Dali Jônatas removeu seu exército, e acampou-se diante de Ascalon, onde os homens da cidade saíram e o encontraram com grande pompa. 
87 Depois disto, voltou Jônatas e o seu exército para Jerusalém, com todos os despojos.
88 Quando o rei Alexandre ouviu essas coisas, ele honrou Jônatas ainda mais. 
89 E enviou-lhe uma fivela de ouro, cujo uso deve ser concedido aos que são do mesmo sangue do rei; ele também deu a ele Acaron, com seu território, em posse.

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