1 Ai da cidade de Ariel, a qual Davi sitiou. Colhei vossos frutos, ano após ano. Comei, porque haveis de comer junto com Moabe.
2 Portanto eu, gravemente, afligirei a Ariel; a sua força e a sua riqueza serão minhas.
3 Cercar-te-ei como Davi, levantando um monte contra ti; e porei baluartes ao teu redor.
4 Tuas palavras serão trazidas para baixo e afundar-se-ão na terra, e a tua voz será como a dos que falam da terra; a tua voz será levada para o chão.
5 Porém a riqueza dos ímpios tornar-se-á como a poeira levantada por uma roda, e a multidão dos que te oprimem como a palha que voa. Tudo isso acontecerá de repente, em um momento,
6 da parte do Senhor dos Exércitos; porque haverá uma visitação com trovões, terremotos, um barulho muito alto, uma tempestade vertiginosa e uma chama de fogo devoradora.
7 Então as riquezas de todas as nações reunidas, todas as que tem lutado contra Ariel, que fazem guerra contra Jerusalém e estão reunidas contra ela, assim como a dos que a afligem, serão como alguém que sonha em seu sono, à noite.
8 Tal como os homens bebem e comem enquanto estão dormindo, todavia quando despertam o sonho torna-se vão; como um homem sedento que sonha estar bebendo, mas quando acorda ainda está com sede, pois a sua alma desejou em vão, assim será com a riqueza de todas as nações, todas quantas lutaram contra o monte Sião.
9 Desmaiai e sede surpreendidos, e sede dominados, não de bebida forte nem pelo vinho;
10 pois o Senhor vos deu a beber um espírito de profundo sono. Ele fechará os seus olhos e os olhos de seus profetas e governantes, que veem coisas ocultas.
11 Todas estas coisas vos serão como as palavras deste livro selado, o qual se dará a um homem culto, dizendo-lhe: Lê isto. E ele irá, então, dizer: Não posso lê-lo, porquanto está selado!
12 Também será entregue, este livro, nas mãos de um homem que é inculto, e alguém lhe dirá: Lê isto. E ele responderá: Não sei ler.
13 Porém, o Senhor disse: Este povo aproxima-se de mim com a sua boca, e me honra com os seus lábios, todavia o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram, ensinando os preceitos e as doutrinas dos homens.
14 Portanto, eis que continuarei a remover para longe este povo. Eu os removerei; destruirei a sabedoria dos sábios, e irei ocultar o entendimento dos prudentes.
15 Ai dos que aprofundam o seu propósito, mas não pelo Senhor. Ai daqueles que tomam conselho secreto, cujas obras são feitas nas trevas, e dizem: Quem nos viu? Quem nos reconhecerá, ou aquilo que fazemos?
16 Porventura não sereis contados como o barro do oleiro? Dirá a coisa formada àquele que a formou: Não me formaste; ou a obra para o que a fez: Não me fizeste sabiamente?
17 Não se passará ainda um pouco, e o Líbano deverá será feito como as montanhas do Carmelo, e o Carmelo tido como uma floresta?
18 Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, os que estão em trevas e os que estão na névoa. Os olhos dos cegos irão vê-lo,
19 o pobre exultará com alegria por causa do Senhor, e aquele que não tem nenhuma esperança entre os homens será preenchido com regozijo.
20 O homem sem lei tornou-se em nada, o orgulhoso pereceu, os que transgridem maliciosamente foram totalmente destruídos,
21 assim como aqueles que levam os homens a pecar pela sua palavra. Pois os homens fazem com que todos os reprovadores nas portas sejam uma ofensa; porquanto eles têm, injustamente, desviado os justos.
22 Portanto, assim diz o Senhor acerca da casa de Jacó, a quem ele separou de Abraão: Jacó não será mais envergonhado, nem mudará mais, ele, o seu semblante.
23 Todavia, quando os seus filhos tiverem visto as minhas obras santificarão o meu nome, por minha causa; santificarão ao Santo de Jacó e temerão ao Deus de Israel.
24 Os que erram no seu espírito irão compreender, os murmuradores aprenderão a obediência, e as línguas balbuciantes deverão aprender a falar de paz.
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