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terça-feira, 17 de julho de 2012

Septuaginta - Gênesis - Capítulo 41

1 E sucedeu, após se passarem dois anos completos, que Faraó teve um sonho. Viu ele que estava sobre a margem do rio,
2 e eis que vinham para cima, como se estivessem saindo do rio, sete vacas agradáveis na aparência e fartas de carnes; e alimentavam-se no carriçal.
3 Outras sete vacas subiam após essas para fora do rio, de má aparência e magras de carne, e alimentavam-se junto das outras vacas, na margem do rio.
4 E as sete vacas feias e magras devoraram as sete vacas fartas de carne e de boa aparência. Então, Faraó acordou.
5 Sonhou ele novamente, e eis que sete espigas subiam de um pé escolhido e bom,
6 e sete espigas miúdas e crestadas do vento cresciam depois delas.
7 E as sete espigas miúdas e crestadas do vento devoraram as sete espigas escolhidas, grandes e cheias. Então Faraó acordou, e eis que tivera um sonho.
8 Era pela manhã, e a sua alma estava perturbada. Mandou ele chamar todos os intérpretes do Egito, e todos os seus sábios. E Faraó relatou-lhes os seus sonhos. Contudo, não havia ninguém para interpretá-los a Faraó.
9 Então o copeiro-mor falou a Faraó, dizendo: Neste dia, lembro-me da minha culpa.
10 Faraó estava zangado com os seus servos e colocou-nos na prisão, na casa do capitão da guarda, tanto eu como o padeiro-mor.
11 Tivemos um sonho, na mesma noite, eu e ele, vendo cada um conforme o seu sonho.
12 Estava ali conosco um jovem, um hebreu, escravo do capitão da guarda. Relatamos-lhe os nossos sonhos, e ele os interpretou para nós.
13 E aconteceu que como ele interpretou-os para nós, assim também aconteceu; tanto que fui restaurado para o meu ofício, e o outro foi enforcado.
14 Então Faraó, tendo enviado seus servos, chamou José; e tiraram-no da prisão. Rasparam seu cabelo, mudando-lhe as vestimentas; e levaram-no a Faraó.
15 E Faraó disse a José: Tive uma visão, e não há ninguém para interpretá-la; mas tenho ouvido dizer a teu respeito que ouves sonhos e consegues interpretá-los.
16 Respondeu José a Faraó, dizendo: Se não proceder de Deus, uma resposta segura não pode ser dada a Faraó.
17 Faraó dirigiu-se, então, a José, dizendo-lhe: No meu sonho, julguei estar parado à beira do rio;
18 e eis que vieram, subindo do rio, sete vacas bem favorecidas e fartas de carnes, e alimentavam-se no carriçal.
19 Entretanto, eis que outras sete vacas subiam, depois delas, do rio, de mau aspecto e magras de carne, de tal modo feias que eu nunca vi piores em toda a terra do Egito.
20 Então as sete vacas feias e magras comeram as sete primeiras vacas, boas e escolhidas,
21 indo elas para as suas entranhas; mas não era perceptível que tinham ido para as suas entranhas, pois a sua aparência continuava desagradável, como no início. E, depois de haver acordado, adormeci novamente.
22 E vi, mais uma vez, no meu sono, como se fossem sete espigas surgindo em uma haste, cheias e boas.
23 E outras sete espigas miúdas e crestadas do vento levantaram-se perto delas.
24 Então as sete espigas miúdas e crestadas devoraram as sete belas espigas, grandes e cheias. E relatei tudo para os intérpretes, contudo não havia ninguém para me explicar o significado disso.
25 Então, disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só, tudo quanto Deus irá fazer ele o mostrou a Faraó.
26 As sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas boas são, ainda, sete anos; o sonho de Faraó é um só.
27 Também as sete vacas magras, as quais subiam depois delas, são sete anos, e as sete espigas miúdas e queimadas são sete anos. Pois haverá sete anos de fome.
28 De acordo com a palavra que eu disse a Faraó, tudo o que Deus pretende fazer ele o revelou a Faraó.
29 Eis que durante sete anos haverá muita abundância em toda a terra do Egito.
30 Todavia virão, após esses, sete anos de fome, e todos esquecerão a fartura que deverá haver em todo o Egito. Pois a fome consumirá a terra.
31 A abundância não será lembrada na terra, por causa da fome que deverá vir depois dela. Porque será mui grave.
32 Mas a respeito da repetição do sonho de Faraó, por duas vezes, isto é porque a palavra que vem de Deus tem de ser verdadeira, e Deus irá apressar-se a realizá-la.
33 Agora, então, procura por um homem sábio e prudente, colocando-o sobre a terra do Egito.
34 E que faraó aponte governadores locais sobre a terra, a fim de que eles tomem uma quinta parte de todos os produtos da terra do Egito, nos sete anos de abundância.
35 Ajuntem eles toda a comida destes sete bons anos que estão por vir; que o cereal seja reunido sob a mão de Faraó, e o alimento guardado nas cidades.
36 Pois os alimentos deverão ser armazenados para consumo da terra durante os sete anos de fome que irão acontecer na terra do Egito. E, assim, a terra não deverá ser totalmente destruída pela fome.
37 Essa palavra pareceu agradável aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.
38 Então, Faraó disse aos seus servos: Onde iremos a fim de encontrar um homem como esse, que tenha o Espírito de Deus?
39 E disse Faraó a José: Visto que Deus te tem mostrado todas essas coisas, não existe um homem mais sábio e mais prudente do que tu.
40 Estarás sobre a minha casa, e todo o meu povo será obediente à tua palavra. Tão somente do trono eu te excluí.
41 Faraó disse mais a José: Eis que eu te ponho, neste dia, sobre toda a terra do Egito.
42 Então Faraó tirou o anel de sua mão, colocando-o na mão de José; e pôs sobre ele um manto de linho fino, e um colar de ouro ao pescoço.
43 Montou-o, depois disso, no segundo dos seus carros, e um arauto proclamava diante dele. Dessa forma, ele o pôs sobre toda a terra do Egito.
44 Faraó disse, então, a José: Eu sou Faraó; Todavia, além de ti, ninguém levantará a mão em toda a terra do Egito.
45 Chamou Faraó o nome de José Zafenate-Panéia; e deu-lhe Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Heliópolis, como esposa.
46 José tinha trinta anos de idade quando apareceu diante de Faraó, rei do Egito. Então José saiu da presença de Faraó, passando por toda a terra do Egito.
47 E a terra produziu, nos sete anos de fartura, mãos cheias de trigo.
48 Recolheu ele todo o alimento dos sete anos, nos quais houve fartura na terra do Egito, estocando-o nas cidades. O alimento dos campos ao redor de uma determinada cidade guardou nela mesma.
49 José juntou muito trigo, como a areia do mar, até que não podia mais ser contado, pois não havia número para ele.
50 Nasceram para José dois filhos antes que viessem os sete anos de fome, os quais Azenate, a filha de Potífera, sacerdote de Heliópolis, lhe deu.
51 José pôs no seu primogênito o nome de Manassés; pois Deus, disse ele, fez-me esquecer de todos os meus trabalhos e de toda a casa de meu pai.
52 E ele pôs no segundo o nome de Efraim; pois Deus, disse ele, prosperou-me na terra da minha humilhação.
53 Todavia os sete anos de fartura passaram, os quais aconteceram na terra do Egito,
54 e vieram os sete anos de fome, conforme José tinha dito. E havia fome em toda a terra; contudo, em toda a terra do Egito havia pão.
55 A terra do Egito tornou-se faminta. Então, o povo clamou a Faraó por pão. E Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José, e fazei tudo o que ele vos disser.
56 A fome prevalecia sobre a face de toda a terra. Então José abriu os celeiros, vendendo para os egípcios.
57 E todas as nações vieram ao Egito para comprar de José, pois a fome prevalecia em toda a terra.

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