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SEPTUAGINTA EM PORTUGUÊS - PDF - Revisada - Índice, Ilustrações, Mapas e Novos Recursos Acrescentados

domingo, 4 de dezembro de 2016

Septuaginta - Bel e o Dragão

1 O Rei Astiages foi congregado aos seu pais, e Ciro da Pérsia herdou seu reino.
2 E Daniel falou com o rei, sendo honrado por ele acima de todos os seus amigos.
3 Tinham os babilônios um ídolo chamado Bel. E eram gastos com ele, todos os dias, doze grandes medidas de flor de farinha, quarenta ovelhas e seis odres de vinho.
4 O rei o adorava e entrava diariamente para reverenciá-lo, porém Daniel adorava ao seu próprio Deus. E o rei disse-lhe: "Por que não adoras a Bel?"
5  Respondeu ele, dizendo: "Porque não posso adorar ídolos feitos por mãos humanas, mas somente ao Deus vivo, o qual criou o céu e a terra e tem soberania sobre toda a carne."
6 Então, disse-lhe o rei: "Pensas tu que Bel não é um Deus vivo? Não vês o quanto ele come e bebe todos os dias?"
7 Daniel sorriu, e disse: "Ó rei, não te enganes, porque aquilo não é senão barro por dentro e bronze externamente, e nunca comeu nem bebeu qualquer coisa."
8 Então o rei se indignou e apelou para os seus sacerdotes, dizendo-lhes: "Se vós não me disserdes quem é que devora essas coisas, haveis de morrer!
9 Porém, se puderdes certificar-me que é Bel quem as devora, então Daniel morrerá, porque tem falado blasfêmia contra Bel." E Daniel disse ao rei: "Seja de acordo com a tua palavra."
10 Ora, os sacerdotes de Bel eram setenta, junto com suas esposas e filhos. E o rei foi com Daniel ao templo de Bel.
11 Os sacerdotes de Bel, então, disseram: "Eis que nós sairemos, mas tu, ó rei, dispõe a carne e o vinho e fecha a porta imediatamente, selando-a com o teu próprio sinete.
12 E amanhã, quando vieres, se encontrares que Bel não comeu tudo, sofreremos a morte; ou, então, será Daniel que a sofrerá, o qual fala falsamente contra nós."
13 E eles pouco ficaram preocupados, pois debaixo da mesa se ??tinha feito uma entrada secreta, pela qual eles entravam continuamente e consumiam essas coisas.
14 Logo, quando eles saíram, o rei colocou as carnes diante de Bel. Mas Daniel deu ordem aos seus servos para trazerem cinzas, e eles as espalharam por todo o templo, na presença do rei, somente. Saíram, então, e fecharam a porta, selando-a com o selo do rei. E assim partiram.
15 Ora, no meio da noite vieram os sacerdotes com suas mulheres e filhos, conforme estavam acostumados a fazer, e comeram e beberam tudo.
16 Pela manhã, bem cedo, o rei se levantou, e Daniel também.
17 E disse o rei, Daniel: "O selo está inviolado?" E ele disse: "Sim, ó rei, está inviolado."
18 E, tão logo ele abriu a porta, o rei olhou para a mesa e clamou com grande voz: "Grande és tu, ó Bel, e em ti não há dolo algum!"
19 Então Daniel riu e reteve o rei para que ele não entrasse, dizendo-lhe: "Olha agora o pavimento, e nota bem de quem são estas pegadas!"
20 E disse o rei: "Vejo pegadas de homens, mulheres e crianças." Depois disto, o rei ficou muito irado,
21 e tomou os sacerdotes, com suas mulheres e filhos, os quais lhe mostraram as portas secretas, por onde eles entravam e consumiam as coisas que estavam em cima da mesa.
22 Então o rei os matou, entregando Bel em poder de Daniel, para que ele e seu templo fossem destruídos.
23 Entretanto, no mesmo lugar havia um grande dragão que os habitantes de Babilônia adoravam.
24 E disse o rei a Daniel: "Irás dizer-me que também este é de bronze? Eis que ele vive, e come e bebe! Não poderás dizer que ele não é um deus vivo. Portanto, adore-o."
25 Então Daniel falou ao rei, dizendo: "Adorarei ao Senhor, meu Deus, porque Ele é o Deus vivo.
26 Mas, permita-me, ó rei, e irei matar este dragão sem espada ou qualquer pessoa para ajudar-me!" E o rei disse: "Dou-te permissão".
27 Então Daniel tomou breu, gordura e cabelos e os ferveu juntos, fazendo pequenas porções do resultado, as quais colocou na boca do dragão. E, assim, o dragão estourou, e Daniel disse: "Eis que estes são os deuses que vós adorais!"
28 Quando os da Babilônia ouviram isso eles se indignaram muito e conspiraram contra o rei, dizendo: "O rei tornou-se judeu. Ele destruiu a Bel, feriu o dragão e condenou os sacerdotes à morte."
29 Então, eles vieram ao rei, e disseram: "Entrega-nos Daniel, senão iremos destruir a ti e a tua casa!"
30 Ora, quando o rei viu que o pressionavam muito, sentindo-se constrangido, entregou-lhes Daniel.
31 E eles o lançaram na cova dos leões, onde ele ficou durante seis dias.
32 Havia na cova sete leões e eles costumavam dar-lhes, todos os dias, duas carcaças e duas ovelhas, as quais, naquela ocasião, não lhes foram dadas, para que devorassem logo a Daniel.
33 Ora, havia entre os judeus um profeta chamado Habacuque, o qual havia feito um guisado e, colocando pedaços de pão em uma tigela, estava indo para o campo, para levá-los aos ceifeiros.
34 Mas o anjo do Senhor disse a Habacuque: "Vai, e leva o jantar que tens para a Babilônia, para Daniel, que está na cova dos leões."
35 E Habacuque disse: "Senhor, eu nunca vi a Babilônia, nem sei onde é a caverna!"
36 Então o anjo do Senhor tomou-o pela cabeça, pegando no cabelo da sua cabeça, e através da força de seu espírito colocou-a em Babilônia, sobre a cova.
37 E Habacuque clamou, dizendo: "Ó Daniel, Daniel, toma o teu jantar, que Deus te enviou!"
38 E Daniel disse: "Tens lembrado de mim, ó Deus, e não desamparaste os que te buscam e te amam!"
39 Então Daniel se levantou e comeu, e o anjo do Senhor pôs novamente Habacuque em seu próprio lugar, imediatamente.
40 Ao sétimo dia o rei saiu para lamentar a Daniel. Mas, quando ele veio para a cova, olhou e eis que Daniel estava assentado.
41 Então, gritou o rei com grande voz, dizendo: "Grande és tu, ó Senhor, Deus de Daniel, e não há outro além de ti!"
42 E tirou-o para fora, lançando na cova aqueles que haviam sido a causa de sua destruição. E eles foram devorados, imediatamente, diante de seu rosto.

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